ʹSaúde no Brasil é uma coisa quase criminosaʹ, diz provedor da Santa Casa de SP
"Eu vou tentar passar um pouco da experiência recente da Santa Casa de São Paulo. Em 2014, o provedor de lá, em um ato da mais absoluta insanidade, me fecha o maior pronto socorro de São Paulo. Um dia antes, ele tinha combinado com o secretário da saúde que ele colocaria o dinheiro na conta até o meio-dia. Na época, eu era o escrivão, eu tinha ido fazer uma palestra em Brasília, achou que ia ficar elas por elas. O governo do Estado veio com os dois pés no peito da Santa Casa e esses anos foram difíceis e interessantíssimos ao mesmo tempo, porque estamos dando um choque de gestão na Santa Casa. Precisava de uma reviravolta, eu vou tentar passar para os meus colegas um pouco dessa experiência e tentar mostrar que saúde no Brasil é uma coisa quase criminosa", disse.
"A França gasta 100 bilhões de dólares por ano, os Estados Unidos R$ 3 trilhões, o Brasil gasta mais ou menos R$ 100 bilhões, mas o governo entra com R$ 26 bilhões, o resto é plano de saúde. Ou nós vamos tratar saúde em um nível que estado e município participem ou não vai ter jeito, vai ter gente morrendo na fila. Esse encontro é uma invenção do deputado Antônio Brito, que é o manda-chuva das filantrópicas. A Santa Casa de São Paulo tinha uma certa soberba de Maria Antonieta e achava que estava acima do bem e do mal, acabou guilhotinada. Quando assumi, disse que temos que entrar no sistema de representação e representatividade, nós fazemos uma certa diferença pelo nosso tamanho e podemos somar", ressaltou.
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