Alunos podem ser proibidos de falar sobre Jesus em escolas da Austrália
Um distrito escolar australiano deu um
passo significativo para proibir atividades cristãs, como a leitura da
Bíblia ou qualquer referência ao nome Jesus dentro de suas dependências.
O jornal 'The Australian'
informou que os funcionários das escolas do estado de Queensland estão
criticando os "evangelistas juniores" por meio de uma política escolar
não oficial. Estes funcionários alegam que qualquer aluno que falasse a
outro sobre Jesus, ou até mesmo compartilhansse um cartão de Natal com
seu colega poderia violar o "espaço de fé" da outra criança.
"Embora não seja explicitamente proibido pela (legislação), nem referenciado na política de Instrução Religiosa ('RI'),
o departamento espera que as escolas adotem as ações apropriadas se
estiverem conscientes de que os alunos que participam desta política
estão evangelizando os alunos que não participam", diz o relatório do
departamento, de acordo com o jornal australiano. "Isso pode afetar
negativamente a capacidade da escola de fornecer um ambiente seguro,
solidário e inclusivo".
Uma declaração da Secretaria de Educação
de Queensland, quando o relatório foi lançado no início deste ano,
disse: "As escolas estaduais de Queensland abraçam a multiplicidade de
crenças culturais, religiosas e não religiosas e incentivam os alunos a
crescerem e se desenvolverem como uma pessoa inteira, em particular, nas
crenças, valores e atitudes. As escolas estaduais respeitam os
antecedentes e as crenças de todos os alunos e funcionários, não
promovendo, ou sendo percebida como promovendo, qualquer conjunto
particular de crenças em detrimento de outra".
A medida enfureceu os políticos locais que viram a medida como uma forma de reprimir a fé dos alunos.
"Este país há muito manteve um conjunto de
valores cristãos que não devem ser prejudicados por disparates
burocráticos como este", disse o parlamentar Steve Dickson.
Mas Steve não foi o único a criticar a proposta do distrito escolar de Queensland.
"Eu não acho que as pessoas fiquem
realmente ofendidas por receberem cartões de Natal de um amigo", disse
Peter Kurti, pesquisador sênior do Centro para Estudos Independentes.
O deputado Ted O'Brien também se juntou à
oposição às diretrizes da política de Instrução Religiosa adotada pelo
distrito escolar.
"A noção de tentar tirar a figura de Jesus
dos cartões de Natal é ridícula", disse O'Brien. "O que eles pensam que
o Natal representa? Será que eles vão tentar mudar o nome do Natal
['christmas'] só para tirar o nome de Cristo [Christ] dele? Eu não acho
que os australianos deveriam rever essa política. Eu acho que isso é
ridículo".
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