Mais de 16 mil refugiados iranianos foram batizados após se entregarem a Jesus na Europa
Milhares de requerentes de asilo iranianos
em toda a Europa estão se convertendo ao cristianismo, embora os
observadores não estejam convencidos de que todas estas conversões sejam
genuínas.
Um documentário da BBC intitulado 'Our World: Praying for Asylum'
('Nosso Mundo: Orando por Asilo'), conta a história de um número de
requerentes de asilo iranianos na Holanda, que dizem que se tornaram
cristãos e que ficariam expostos à perseguição se fossem deportados
dali.
O reverendo Masoud Mohammad Amin - O líder
da igreja 'Cyrus', uma das maiores congregações iranianas na Europa -
disse que batizou milhares de iranianos, desde as ruas de Paris até a
Turquia.
"Não tínhamos uma igreja iraniana, não
tínhamos hinos iranianos, não tínhamos ninguém para nos contar sobre o
papel profético do Irã na Bíblia... Precisávamos de uma igreja que
compreendesse a cultura persa", disse ele.
Ele disse que a igreja na cidade holandesa
de Harderwijk, teve tanto sucesso que "8 mil pessoas foram batizadas
somente na Holanda e mais 8 mil em outros países da Europa".
No entanto, o pastor holandês Gijs van den
Brink, que batiza cerca de 25 pessoas por ano, disse ter sido abordado
por algumas pessoas cujas motivações ele duvidou.
Ele disse que se alguém pede para ser
batizado em sua primeira visita à sua igreja, que está a leste da cidade
de Utrecht passa a olhar esta questão com ainda mais cautela.
"Então eu sei o suficiente, eu sei que ele
tem um caso e que ele está procurando o batismo... e eu explico a ele
que talvez isso não o ajude a agilizar o processo dele como refugiado
... porque o nosso governo não está louco: eles podem facilmente
identificar se você é um cristão verdadeiro ou não ... Não somos um
grupo que está ajudando os refugiados a obter certificados de asilo
aqui", explicou.
Annick Oerlemans, funcionária do Serviço
Holandês de Imigração e Naturalização, disse que mais de uma entrevista
todos os dias era com um candidato a asilo que afirmou ter se convertido
ao cristianismo. Ela disse que o aumento começou depois de 2010.
"Pode haver situações nos países de origem
... Talvez também as igrejas tenham se tornado mais ativas no
evangelismo, e pode ser que os 'contrabandistas' tenham lhes contado
'lendas' sobre como obter asilo", disse ela, se referindo ao fato de que
a informação da conversão ao cristianismo por si só não garante a
aceitação de um refugiado.
A funcionária disse que para determinar se
alguém se tornou genuinamente cristão, a entrevista não se restringe
simplesmente ao conhecimento bíblico dos requerentes de asilo, mas sim
sobre suas experiências pessoais e testemunhos de como chegaram ao
cristianismo.
"O conhecimento bíblico pode ser estudado,
mas quando você pergunta às pessoas sobre questões profundas sobre seus
pensamentos e sentimentos e experiências pessoais, e suas motivações,
você tem uma idéia melhor de quão genuína é a conversão", disse ela.
Nenhum comentário